Já la vão quase duas semanas mas só agora tive tempo para postar sobre o assunto. No fim do mês de Abril realizou-se na Faculdade de Belas Artes do Porto um Workshop de Ilustração Cientifica, no qual participei, que contou com a presença do ilustrador cientifico e mentor desta àrea em Portugal: Pedro Salgado.
Foram três dias de trabalho muito reveladores, estava bastante interessado na vertente dos cadernos de campo ( passei os meus olhos vezes sem conta pelos belos cadernos do Pedro Salgado que estavam à nossa disposição para vermos entre outras coisas). A possibilidade de pormos em prática tácticas relacionadas com o "Field Scketching" de natureza mais cientifica, observadora e detalhada com os jardins da faculdade ,onde já passei e passo centenas de vezes ,como cenário foi uma bela expêriencia.
O objectivo final destas secções seria , apartir da informção registada nos cadernos de campo, a subversão da própria ideia Ilustração Cientifica que obedece a critérios rigorosos e a toda uma série de códigos a favor de uma coisa mais à maneira de cada um. Eu criei um insecto e baptizei-o, no espirito desportivo e descontraído da coisa, de
Calgonitus ( uma alusão ao detergente Calgonit tão bem conhecido de todos).
O culminar do workshop resultou em gravuras feitas com chapa de cobre (uma por participante) que irão constar numa edição limitada para posterior comercialização.
Já acabaram as aulas mas ficam sempre os desenhos. Este foi de Abril quando inaugurei um novo caderno. Já não pego no caderno hà algum tempo pois as últimas semanas foram as de um semestre longo que culminou em trabalhos para aqui, trabalhos para acolá. Quero verdadeiramente as férias e voltar a pegar no caderno para os momentos zen de que tanto sinto falta. O desenho é uma coisa maravilhosa.
Este foi feito no dia do Sketchcrawl. Um dos únicos edifícios góticos num Porto de predominância Barroca.
Sempre que passo ali (o caminho mais rápido de S. Lázaro para a Rua de Paços Manuel e de Sta Catarina) não deixo de reparar na desordenada mas ao mesmo tempo curiosa forma como as janelas estão distribuídas nesta casa na Praça dos Poveiros .
Dois momentos distintos, dois registos diferentes de um dos meus edifícios preferidos de Viseu: a Sé Catedral. Quis contrapor o estilo Românico de uma das duas robustas torres e o estilo Maneirista da sua fachada. Este último foi feito em autentico contra relógio pois apenas tive uns minutos de claridade no fim de uma bela tarde de sol dedicada toda ela ao desenho.
